25.3.10
Francisco Hernández (Radiografia)
RADIOGRAFÍA
este poema huele a esperma
a sudor de negra
a pantalón traído de la tintorería:
al amanecer
sabe a vodka con hielo
a camarón gigante
o simplemente a madres.
es más ligero que el sexo de una hormiga
pero no se puede amplificar
ni humedecer
dada su calidad de combustible
FRANCISCO HERNÁNDEZ
Cuerpo disperso
(1982)
este poema cheira a esperma
a suor de negra
a calça saída da lavandaria:
ao amanhecer
sabe a vodka com gelo
a camarão gigante
ou simplesmente a borras.
é mais leve do que o sexo da formiga
mas não se pode ampliar
nem humedecer
dada a qualidade de combustível
(Trad. A.M.)
.