Maldito sejas, tinhoso, e que tantos piolhos te cubram como de estrelas tem o céu com a lua nova!
Que a sarna, a herpes e a câncero te roam dos pés à cabeça como os cães quando têm fome!
Que te dê uma foeira e te derretas pelo ânus como um odre de azeite pelo pernil!
Que tenhas tanta fome que comas tua mãe viva e desenterres os ossos de teu pai para os esburgar!
Que tenhas uma dor de pedra que te saia o mijo pelos olhos!
Que se te tape a tripa e deites pela boca como o cântaro quando está cheio!
Que morras com os dentes a tocar castanhetas e os Diabos do Inferno dancem ao compasso!
- AQUILINO RIBEIRO,
Terras do Demo, 2.ª parte, I.
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