14.2.11

Alexandre O'Neill (Velha fábula em bossa-nova)






VELHA FÁBULA EM BOSSA NOVA



Minuciosa formiga
não tem que se lhe diga:
leva a sua palhinha
asinha, asinha.


Assim devera eu ser
e não esta cigarra
que se põe a cantar
e me deita a perder.


Assim devera eu ser:
de patinhas no chão,
formiguinha ao trabalho
e ao tostão.


Assim devera eu ser
se não fora
não querer.


(-Obrigado, formiga!
Mas a palha não cabe
onde você sabe...)



Alexandre O’Neill

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