COIMBRA
Já não tenho mais nada
a ouvir da cidade. Nem
sequer o silêncio que
esconde a torre.
Um estudante ao canto da rua
vela parte do rosto. Tanto
negro.
Um cão mija-lhe nas pernas, não
por engano, mas por caridade.
Confunde-o
nas fotocópias do seu saber.
Em Santa Cruz
ficou o primeiro rei
o tão velho mundo
as pequenas praças
a tempestade invade-nos
um requiem
uma cadência.
João Miguel Fernandes Jorge
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