Na morada da luz escrevo,
com uma transparência contida
que me esvazia e me livra
de tanta noite cruel e ameaça.
Vou a caminho, vou sempre, a sós
por lugares onde ia antes
de saber que não há regresso.
Na morada da luz, do cálido
perfume que conforta meus poemas
escrevo para diante, como vivo.
María Sanz
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