12.1.11

Karmelo C. Iribarren (O que não é pouco)






LO QUE NO ES POCO



De que soy el hombre más feliz
del mundo, nada,
ni trato de parecerlo.
Soy un hombre de 35 tacos,
del montón,
ni muy guapo ni tampoco un disparate,
que vive más o menos bien
ahora, sólo más o menos
bien, ahora
que ha pasado del trinque
y demás historias para no dormir
en las que estuvo metido
hasta las cejas
cerca de quince años.

                                       Ese soy yo.
De feliz, nada. Acaso
moderadamente
en paz conmigo
mismo
a veces.
                           Lo que no es poco.



Karmelo C. Iribarren


[Escrito en el viento]





De ser o homem mais feliz
do mundo, nada,
nem trato de o parecer.
Sou um homem de 35 anos,
do monte comum,
nem muito belo nem horrível tão pouco,
que vive mais ou menos
agora, só mais ou menos,
agora que passou do trinque
e mais histórias de não dormir
em que esteve metido
até às orelhas
durante cerca de quinze anos.

                                             Eu sou esse.
De feliz, nada. Porventura
moderadamente
em paz comigo
mesmo
às vezes.
                           O que não é pouco.



(Trad. A.M.)


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