Mas o Valentim tem as suas vantagens.
Não me constrange, pouco espaço ocupa na minha vida, é o homem mínimo, é quase como se não existisse.
Mais eu não aguentava.
Poucos direitos lhe cedo sobre o meu corpo, nenhuns sobre a minha alma.
Homens é como ‘nouvelle cuisine’: sempre em doses ínfimas.
Além disso, o Valentim é um rafeiro e eu gosto de rafeiros porque ficam agradecidos com muito pouco.
Encontro-lhes sempre uma graça qualquer e afeiçoo-me. (p. 82)
PAULO CASTILHO
Domínio Público
(2011)
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