ARTE POÉTICA
La larga, lenta lengua de la muerte
ha lamido la mano del que escribe,
lucidez o locura, nadie sabe:
sólo quedan palabras, palabras deshaciéndose.
JUAN LUIS PANERO
Desapariciones y fracasos
(1978)
A longa, lenta língua da morte
lambeu a mão do que escreve,
lucidez ou loucura, ninguém sabe:
restam só palavras, palavras a desfazer-se.
(Trad. A.M.)
.