18.12.11

Juan Luis Panero (Arte poética)






ARTE POÉTICA





La larga, lenta lengua de la muerte
ha lamido la mano del que escribe,
lucidez o locura, nadie sabe:
sólo quedan palabras, palabras deshaciéndose.


JUAN LUIS PANERO
Desapariciones y fracasos
(1978)








A longa, lenta língua da morte
lambeu a mão do que escreve,
lucidez ou loucura, ninguém sabe:
restam só palavras, palavras a desfazer-se.


(Trad. A.M.)

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