falhámos tudo: entregámos
os livros ao sepulcro
das estantes, ao amor
demos um colo de horas
certas, deixámos de abrir
janelas para cheirar a noite.
já nada nos lembra
que o poema só se forma
no fio da navalha.
Renata Correia Botelho
[
Bibliotecário de Babel]
.