SETE
LUAS
Há
noites que são feitas dos meus braços
e um
silêncio comum às violetas
e há
sete luas que são sete traços
de sete
noites que nunca foram feitas.
Há
noites que levamos à cintura
como um
cinto de grandes borboletas.
E um
risco a sangue na nossa carne escura
duma
espada à bainha de um cometa.
Há
noites que nos deixam para trás
enrolados
no nosso desencanto
e cisnes
brancos que só são iguais
à mais
longínqua onda de seu canto.
Há
noites que nos levam para onde
o
fantasma de nós fica mais perto;
e é
sempre a nossa voz que nos responde
e só o
nosso nome estava certo.
Natália
Correia