18.8.13

Josep M. Rodríguez (Não ainda)




AÚN NO


No te vayas aún, quédate un rato.
El día nace para destruirse,
y nuestra juventud es el periódico
de ayer.

Amanece conmigo.
Deja que sea la presa la que defina al cazador
y que este instante valga
por cualquier otro instante.

El sol es una broca
de luz:
se abre paso,
no nos necesita.

Si te quedas conmigo,
emergeremos juntos de la noche
igual que el tallo brota de lo oscuro:
Cada vez más fuertes.

No te vayas aún
y quédate conmigo:

Escucharemos cómo
ola
a ola
tartamudea el mar,
como aprendiendo a pronunciar tu nombre.

Josep M. Rodríguez

[Apología de la luz]



Não te vás ainda, fica um pouco.
O dia nasce para desfazer-se
e a juventude nossa é assim
o jornal de ontem.

Amanhece comigo.
Deixa ser a presa a definir o caçador
e que este instante valha
por outro qualquer instante.

O sol é uma broca de luz,
fura, abre passagem,
não precisa de nós.

Se ficares comigo,
juntos da noite emergiremos,
assim como o talo brotando do escuro:
Cada vez mais fortes.

Não te vás ainda,
fica comigo:

Escutaremos o mar,
como tartamudeia,
onda
a onda,
como que aprendendo a pronunciar teu nome.

(Trad. A.M.)


> Outra versão: O melhor amigo

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