16.3.12
Murilo Mendes (Os pobres)
OS POBRES
Chegam nus, chegam famintos
À grade dos nossos olhos.
Expulsos da tempestade de fogo
Vêm de qualquer parte do mundo,
Ancoram na nossa inércia.
Precisam de olhos novos, de outras mãos,
Precisam de arados e sapatos,
De lanternas e bandas de música,
Da visão do licorne
E da comunidade com Jesus.
Os pobres nus e famintos
Nós os fizemos assim.
Murilo Mendes
>> ABL (anto-78pp) / KlickEscritores (11p+bio+biblio) / Poemblog (66p)
.