CAUTELA
Uma casa escrupulosamente limpa,
assim uma alegria predisposta.
Tranquilas e seguras as divisões,
quentes ainda do sol que deu nelas.
O dia quase sem luz, vão ficando
em claro-escuro os cantos da casa,
e estando como está tudo em silêncio,
uma primeira imagem dela te assalta.
Batem à porta, põe-te a salvo:
são lembranças.
MARCOS TRAMÓN
Desgana
Gijón (2010)
(Trad. A.M.)
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