COBIÇADA, PROIBIDA- II
Cobiçada, proibida,
tão perto que estás, feiticeira, um passo apenas.
Dás-te com os olhos a quem passa,
a quem te mira, madura, derramante,
a quem pede teu corpo como um caixão.
Jovem e maligna, virgem,
incendida, fechada,
estou-te vendo e amando,
teu sangue alvoroçado,
a cabeça girando e subindo,
o corpo horizontal sobre as uvas e o fumo.
És perfeita, desejada,
e eu amo-te a ti como a tua mãe, quando estais juntas.
Ela é bela ainda e tem
aquilo que tu não sabes.
Não sei mesmo qual prefiro,
quando ela te ajeita o vestido
e te larga para tu ires em busca do amor.