1.3.11

Rosario Castellanos (Nocturno)






NOCTURNO



Para vivir es demasiado el tiempo;
para saber no es nada.

¿A qué vinimos, noche, corazón de la noche?

No es posible sino soñar, morir,
soñar que no morimos
y, a veces, un instante, despertar.


Rosario Castellanos





Para viver é demasiado o tempo,
para saber não é nada.

A que vimos cá, noite,
coração da noite?

Não é possível senão sonhar, morrer,
sonhar que não morremos
e, às vezes, um instante, despertar.


(Trad. A.M.)

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