E ele
endireitou pontudo para sobre mim, jogou o cavalo...
O demo? Em
mim, danou-se! Como vinha, terrível, naquele agredimento de boi bravo. Levantei
nos estribos. - “E-hê!...”
Esse
luzluziu a faca, afiafe, e urrou de ódio de enfiar e cravar, se debruçando,
para diante todo. Tirou uma estocada.
Cerrei com ele...
A ponta daquela pegou, por um mau movimento, nas coisas e trens que eu tinha na cintura e a tiracol: se prendeu ali, um mero.
Cerrei com ele...
A ponta daquela pegou, por um mau movimento, nas coisas e trens que eu tinha na cintura e a tiracol: se prendeu ali, um mero.
Às asas que
eu com a minha quicé, a lambe leal – pajeuzeira – em dura mão, peguei por baixo
o outro, encortei-recortei desde o princípio da nuca – ferro ringiu rodeando em
ossos, deu o assovião esguichado, no se lesar o cano-do-ar, e mijou alto o
sangue dele.
Cortei por cima do adão...
Ele Outro caiu do cavalo, já veio antes do chão com os olhos duros apagados...
Ele Outro caiu do cavalo, já veio antes do chão com os olhos duros apagados...
JOÃO GUIMARÃES ROSA
Grande Sertão: Veredas
(1956)
Grande Sertão: Veredas
(1956)