EL VINO
TURBIO
No el vino que bebemos
para seguir creyendo, ni tampoco
el que piadosamente nos acoge
en agrias noches de taberna y
frío;
ni aquel que con su roce
sarmentoso
nos acaricia, ni
el que nos da su voz como en
racimos
recién maduros: ese
vino que algunas veces pudo
llamarse Claudio.
Hablo sólo del vino
que deja cicatrices;
no el que bebemos: ése que nos
bebe,
cuya turbia gramática
siempre nos deja entre los
labios
los más oscuros nombres
de la sed.
Pedro A. González
Moreno
Não o vinho que bebemos
para continuar a crer, nem
o que piedosamente nos acolhe
em amargas noites de taberna e frio;
nem aquele que nos afaga
com seu toque de cortiça, nem
o que nos dá voz como em cachos
recém-maduros: esse
vinho que às vezes podia chamar-se Claudio.
para continuar a crer, nem
o que piedosamente nos acolhe
em amargas noites de taberna e frio;
nem aquele que nos afaga
com seu toque de cortiça, nem
o que nos dá voz como em cachos
recém-maduros: esse
vinho que às vezes podia chamar-se Claudio.
Falo só do vinho
que deixa cicatrizes,
não o que bebemos, mas aquele que nos bebe,
cuja turva gramática
nos deixa nos lábios
os nomes mais obscuros
da sede.
que deixa cicatrizes,
não o que bebemos, mas aquele que nos bebe,
cuja turva gramática
nos deixa nos lábios
os nomes mais obscuros
da sede.
(Trad. A.M.)
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Las afinidades electivas (4p) / Poesia del toro de barro (4p) / UCM (biblio) / Manuel Lopez Azorín (resenha ‘Anaqueles sin dueño’) / Manuel Lopez Azorín (resenha ‘Calendario de sombras’)