(…)
Floresça, fale, cante, oiça-se e viva
a portuguesa língua, e já onde for,
senhora vá de si, soberba e altiva!
Se até aqui esteve baixa e sem louvor,
culpa é dos que a mal exercitaram,
esquecimento nosso, e desamor!
Mas tu farás que os que mal julgaram
e ainda as estranhas línguas mais desejam,
confessem cedo, ante ela, quanto erraram.
E os que depois de nós vierem, vejam
quanto se trabalhou por seu proveito,
porque eles para os outros assim sejam.
(…)
António Ferreira