9.3.13
Raymond Carver (O meu corvo)
MY CROW
A crow flew into the tree outside my window.
It was not Ted Hughes’s crow, or Galway’s crow.
Or Frost’s, Pasternak’s, or Lorca’s crow.
Or one of Homer’s crows, stuffed with gore,
after the battle. This was just a crow.
That never fit in anywhere in its life,
or did anything worth mentioning.
It sat there on the branch for a few minutes.
Then picked up and flew beautifully
out of my life.
Raymond Carver
Um corvo voou da minha janela para a árvore.
Não era o corvo de Ted Hughes ou de Galway.
Ou de Frost, de Pasternak, ou de Lorca.
Ou um dos corvos de Homero, farto de sangue,
depois da batalha. Este era apenas um corvo,
que jamais encaixou em algum lado,
nem fez nada digno de menção.
Pousou no ramo por instantes,
depois ergueu-se e voou da minha vida.
(Trad. A.M.)
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