Basta de elegias às cidades brancas
do fim do Verão. As luzes secaram
dentro das palavras, já nada
as instiga – e que importa, afinal?
Seja como for, tive pouca fé
e más companhias do melhor que há:
amores viajantes, livros emprestados
(tudo é emprestado, se formos a ver),
amigos seguros e outros que o não
foram, nem tinham de ser. Uma coisa
é certa: a hora passou e os versos
murcharam. Deixai-os morrer.
Rui Pires Cabral
[
Hospedaria Camões]
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