Teotónio Francisco Sabugueiro – estou a vê-lo – entrou para o colégio um tamanhão, vestido de burel do melhor, sim, senhores; mas as calças, demasiado curtas, atraiçoavam-lhe os meiotes azuis e os canos folgados das botas novas.
Trazia uma gravata – ele dizia manta – estofada que nem o assento duma poltrona antiga.
Olhava muito desconfiado e rancoroso para os companheiros – rancor apenas velado pela sombra de um boné de aduelas, molhelha que o fazia dobrar o pescoço, como a corola duma flor pesada.
- JOÃO DE ARAÚJO CORREIA, Sem Método, XI.
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