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Voy a bajar el sonido de los coches / hasta
que no se oigan. / Y el de las tiendas, / y el de los teléfonos. / El jadeo de
los mercados, / el grito de las barriadas, / el sollozo de las oficinas. // Voy
a poner mi mano / sobre las bocas de los árboles / para que no cuenten / viejas
historias de ahorcados, / y después engrasar / los raíles de las órbitas / y de
los caminos al trabajo. // Voy a pedir silencio / en todas las clases, / hacer
de la gente una biblioteca / para estudiarlo. // Quiero que el ruido abandone /
este poema, / escuchar sólo / tu corazón.
Vou baixar o som dos automóveis /
até não se ouvirem. / E o das lojas, / e dos telefones. / O arquejar dos
mercados, / o grito dos bairros / o soluço dos escritórios. // Vou pôr a mão /
nas bocas das árvores / para não contarem / velhas histórias de enforcados, / e
depois untar / os railes das órbitas / e dos caminhos para o trabalho. // Vou
pedir silêncio / em todas as aulas, / fazer das pessoas uma biblioteca / de
estudo. // Quero que o ruído saia / deste poema, / ouvir apenas / teu coração.