MARIPOSAS EN EL
ESTÓMAGO
Sentada en la piedra de siempre
te esperaba.
A la orilla del tiempo
escribía mis versos en el suelo
mientras atardecía el valle
y la línea de sombra
ascendía despacio
por la otra ladera.
Inmóvil deshojaba la solitaria flor del desaliento.
Vendrá. No vendrá.
Cuando lleguen las sombras a la casa,
cuando el último rayo acaricie la cumbre…
Y tú volvías siempre
con los bolsillos llenos de calor
cuando empezaba el frío.
Irene Sánchez Carrón
Sentada esperava-te
na pedra de sempre.
À margem do tempo
escrevia meus versos no chão
enquanto o vale entardecia
e a linha da sombra
subia devagar
pela outra encosta.
Imóvel desfolhava a solitária flor do desalento.
Virá, não virá.
Quando as sombras atingirem a casa,
quando o último raio acariciar o cume...
E tu sempre voltavas,
os bolsos cheios de calor,
ao chegar o tempo frio.
na pedra de sempre.
À margem do tempo
escrevia meus versos no chão
enquanto o vale entardecia
e a linha da sombra
subia devagar
pela outra encosta.
Imóvel desfolhava a solitária flor do desalento.
Virá, não virá.
Quando as sombras atingirem a casa,
quando o último raio acariciar o cume...
E tu sempre voltavas,
os bolsos cheios de calor,
ao chegar o tempo frio.
(Trad. A.M.)
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