Três rosas choram, brancas e tombadas.
No mármore em murmúrio nada se ouve
E tudo o que é é nada do que houve…
Oblíqua cai a chuva nas lombadas…
Na biblioteca parda tudo tomba:
As rosas, as velhinhas, hirtos círios.
E agora tudo chora, grutas, lírios,
E as gárgulas do choro são a tromba…
É nada o que nos move, a paz, a guerra…
Tanto saber errado e tanto crânio!...
O príncipe é que estava certo, o dânio!
E as rosas murcharão, quem as enterra?
Mas quase me esquecia ao que vinha:
Passar-te a mão pela pele tão lisinha…
Daniel Jonas