DESTIEMPOS
Llego
pronto a tu antes,
palpo los nunca de tu respiración agitada.
Cuando callás, algo silencia más allá de vos,
y cuando cerramos los ojos,
todo duerme en algún lugar.
Esto está hecho de gestos desesperados,
de destiempos, no tiene sujeción:
donde vos calculás, yo me deshago,
donde vos te mostrás, yo me desarmo.
Sos la regla que confirma la excepción,
lo espectral. Vivo en un no instante,
entre el ya no de tu partida y el aún no
de quien serás.
palpo los nunca de tu respiración agitada.
Cuando callás, algo silencia más allá de vos,
y cuando cerramos los ojos,
todo duerme en algún lugar.
Esto está hecho de gestos desesperados,
de destiempos, no tiene sujeción:
donde vos calculás, yo me deshago,
donde vos te mostrás, yo me desarmo.
Sos la regla que confirma la excepción,
lo espectral. Vivo en un no instante,
entre el ya no de tu partida y el aún no
de quien serás.
Javier Galarza
Chego depressa a teu antes,
palpo os nuncas de tua agitada respiração.
Quando te calas, algo fica em silêncio para além de ti,
e quando cerramos os olhos
tudo dorme nalgum lugar.
Isto faz-se de gestos de desespero,
de destempos, não há controlo:
onde ponderas, eu me desfaço,
onde te mostras, eu me desarmo.
És a regra que confirma a excepção,
a sombra. Eu vivo num não instante,
entre o já não da tua partida e o não ainda
de quem serás.
palpo os nuncas de tua agitada respiração.
Quando te calas, algo fica em silêncio para além de ti,
e quando cerramos os olhos
tudo dorme nalgum lugar.
Isto faz-se de gestos de desespero,
de destempos, não há controlo:
onde ponderas, eu me desfaço,
onde te mostras, eu me desarmo.
És a regra que confirma a excepção,
a sombra. Eu vivo num não instante,
entre o já não da tua partida e o não ainda
de quem serás.
(Trad. A.M.)
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