Comentador mais que suspeito, sempre que abro 'O Delfim' interrogo-me sobre a sua lógica própria, demando associações internas, sugestões procuradas que resistiram ou não ao tempo, mil coisas.
Para começar, demoro-me no mais à vista, no binómio machismo-paternalismo.
Sublinho-o em várias passagens, vinculado a um conceito de Propriedade e, corolário final, à Morte.
Então ponho-me a alinhar referências nesta folha de papel e em vez da minha caligrafia é a do personagem Narrador que me parece mais ajustada a um trabalho deste tipo, ele que, como se sabe, tem a paixão dos esquemas.
JOSÉ CARDOSO PIRES
E agora, José?/ Memória descritiva
(1977)
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