A história assim começa fria e desgraciosamente.
É uma espécie de Anjo do Nascimento.
A descrição de uma tempestade, saraiva a estalar nas vidraças, o vento norte a assobiar nos forros, o arvoredo secular a ramalhar rangendo, e duas dúzias mais de caretas que a natureza faz à humanidade espavorida, e que os romancistas, desde Longo até nós, descrevem com invariável frase em todas as ocasiões que lhes não ocorre outra coisa...
A mim também me não ocorre agora o que vinha dizendo...
Penso que a minha ideia era apresentar o sr. João Antunes da Mota.
Devia ser outra melhor.
Tive-a e esqueci-a.
- CAMILO CASTELO BRANCO,
Onde está a felicidade?, prólogo.
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