21.3.24

Alexandre Pinheiro Torres (Super flumina)



SUPER FLUMINA

 

Ó desamável pátria minha     Tens vivido
do sangue do teu Filho   Mas agora
que toco teus seios de maçã tudo
me é indiferente    É tão fácil a

tua poesia de tramar lágrimas   Sei
teu parado sonho de passarem tudo
por cavalos brancos e que o sol se
economize em todo o mundo   não em ti

Crescem meus braços por teus ramos
esponjados   Continua-te um céu
em jejum de tempestade   Beberes o meu
é a forma de me teres e amar


ALEXANDRE PINHEIRO TORRES
A Terra de meu Pai
Plátano (1972)


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