2.4.21

Luis Feria (O poema)



EL POEMA



Ramo de sangre, arpón en todo el pecho, 
lengua que propiciaba el corazón voraz. 
Su estirpe apasionada nos arrojó a la vida; 
no se someten ni el amor ni el mar.

Rosa fiel que el tiempo no ha secado,
mayor que el celo, no menor que el vacío, 
sudor o sangre, o vida, o tierra, o muerte; 
nunca nos faltes; 
el hueco de tu ausencia huele a miedo.


Luis Feria




Ramo de sangue, arpão cravado no peito, 
língua que o voraz coração propiciava. 
Sua estirpe apaixonada atirou-nos para a vida; 
não se submetem nem o amor, nem o mar.

Rosa fiel que o tempo não secou, 
maior que o zelo, não menor do que o vazio, 
suor ou sangue, ou vida, ou terra, ou morte; 
não nos faltes nunca; 
cheira a medo o vazio da tua ausência.

(Trad. A.M.)

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