YO, SIN
MÍ
Todo lo
que tacho habla por mí.
Lo que
escribo me subraya, grita,
es lo que yo quiero que se vea,
mas mi verdad es lo que no digo,
mi negativo fiel, lo que otro dice
siempre por mí mejor que yo.
es lo que yo quiero que se vea,
mas mi verdad es lo que no digo,
mi negativo fiel, lo que otro dice
siempre por mí mejor que yo.
Yo soy
entonces el poema
que el silencio escribe en mi lugar.
que el silencio escribe en mi lugar.
Alfonso Brezmes
Tudo o que apago fala por mim.
Aquilo que escrevo sublinha-me, grita,
é aquilo que eu quero se veja,
mas minha verdade é o que eu não digo,
meu negativo fiel, o que outro diz
por mim sempre melhor do que eu.
é aquilo que eu quero se veja,
mas minha verdade é o que eu não digo,
meu negativo fiel, o que outro diz
por mim sempre melhor do que eu.
Eu sou então o poema
que o silêncio escreve em vez de mim.
que o silêncio escreve em vez de mim.
(Trad. A.M.)
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