(Na morte do Carlos de Oliveira)
É hoje o primeiro dia
em que há mundo sem ti
Esforço-me por entender o sentido disto
Mas não se pensa o que se chora
Espanto-me sim de esta cidade para mim vazia
ser para os outros como sempre a vi
Que pode haver agora?
Que enganosa miragem?
Tu não foste fazer uma viagem
Tua ausência não é um intervalo
Vai-se indo pouco a pouco o porque existo
E nunca mais também sem ti
saberei sequer reinventá-lo
Mário Dionísio
(Vértice, 450/1, número especial de homenagem a Carlos de Oliveira)
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