Para leitores entendidos na maldade humana, a carta de Lopo de Gamboa é uma refinada e suja bargantaria, estudada e escrita com um despejo não vulgar em bacharéis daqueles sítios.
Aquele homem, se tivesse nascido em terras onde há a centralização dos biltres, morria com um nome para lembrança duradoura.
Assim, nascido naquelas serras, onde não apegou ainda romancista de medrança, se o eu não transplantar para a corja dos birbantes das minhas novelas, o homem escorrega lá da serra no inferno, sem que a pública execração o cubra de maldições.
- CAMILO CASTELO BRANCO,
A queda dum anjo (XXXIV – Perdida).
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