13.5.10

Camilo Castelo Branco (Era o amor abscôndito)






Era o amor abscôndito a magoá-lo docemente.

E a não ser o amor, o que poderia ser senão as calças de xadrez?

De feito, o amor quando é sério, põe às canhas o mais pespontado espírito, e o mais mazorral também.

O amoroso de grande loquela volve-se parvoinho em presença da sua amada; o sandeu tem inspirações e raptos, que seriam influxo do céu, se não soubéssemos que o demónio tentador costuma incubar-se e parvoejar eloquentemente no corpo destes palermas.



- CAMILO CASTELO BRANCO, A queda dum anjo (XVI – Quantum mutatus!).

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