31.1.23

Amadeu Baptista (A inquietação)




A INQUIETAÇÃO

 

Os cavalos progridem sobre a página
Em branco, enche-se de cintilações
O rio que aqui corre, a lua assoma
Por detrás das colinas, onde todos os brilhos

Se reúnem, todos os sortilégios.
As crianças acordam e leio-lhes
Em voz alta, talvez também me ouças
Na parte incerta em que estiveres,

Não sei se em Elsinore, se em York,
Não sei se longe ou perto desta
Doença incógnita que nos cerca.

Está frio, o mar acentua a inquietação. 
Mas sei que o céu é um caminho 
Que nunca muda de nome para nós.

Amadeu Baptista

 .

29.1.23

Alberto Szpunberg (De que ramo)




(XX) 

 

De qué rama, por fin, de qué savia
crecen y se estremecen,
en el aire de qué madera
los amantes que navegan
y hacia qué playa
los cuerpos como huellas
se celebran en la arena,
heridos de sol al mediodía,
del deseo de qué mar, siempre de viaje
y nunca, aun si la muerte, nunca
de regreso, nunca.

 
Alberto Szpunberg 

[Marcelo Leites]

 

 
De que ramo, enfim, de que seiva
crescem e estremecem,
no ar de que madeira
os amantes que navegam
e para que praia
os corpos como rasto
se celebram na areia,
feridos de sol ao meio-dia,
do desejo de que mar, sempre de viagem
e nunca, mesmo se a morte, nunca
de regresso, nunca.
 

(Trad. A.M.)

 .

28.1.23

José Antonio Martínez Muñoz (Resistência)




RESISTENCIA, SIN EMBARGO

 

 Esta vida es hostil, bien lo sabéis,
 no le basta privarnos de lo grande y
 se complace humillándonos lo humilde,
 y nos priva de patria y utopías
 y hurga obsceno en despensas y mesillas
 y deja su amarillo entre los libros,
 las fotos, la memoria y las cosas,
 los huesos y los días y los sueños,
 que nada de eso importe, mis amigos,
 vamos a seguir vivos, mano en mano,
que no saldremos vivos de esta vida,
 aunque nunca vencidos, sin embargo.


José Antonio Martinez Muñoz 

[No supiste

 

Esta vida é ruim, bem sabeis,
não só nos priva do grande, como
se compraz em humilhar-nos
e nos rouba pátria e utopias
e remexe indecente em mesas e dispensas
e deixa o seu amarelo entre os livros,
as fotos, a memória e as coisas,
os ossos e os dias e os sonhos,
que nada disso importe, meus amigos,
vamos continuar vivos, mão na mão,
que não sairemos vivos desta vida,
embora jamais vencidos, não obstante.


(Trad. A.M.)

.

26.1.23

Eduardo Guerra Carneiro (Que seja de amor)




Que seja de amor. Sim. A idade alterou alguns planos.
Ou talvez não. Dizias? As sílabas e o seu duplo sentido.                
Reinventá-las para uso próprio. Fustigá-las com jeito.
Alterar o símbolo. Que seja um novo poema. De amor.
Assim poderei noite após noite segredar-te alguns planos.


Eduardo Guerra Carneiro

 

 >>  Edições 50kg (8p) / A viagem dos argonautas (info) / Wikipedia

.

24.1.23

Adolfo González (Que estranho gozo)




QUÉ EXTRAÑO GOZO! 

 

¿Cómo es posible,
amor,
que esté escuchando
aquí,
en el silencio,
que esté escuchando
yo,
sin el que escucha,
las seis oscuras cuerdas
de la luz?

 

Adolfo González

 

 

Como é possível,
amor,
que eu esteja ouvindo
aqui,
no silêncio
que esteja ouvindo
eu,
sem o que ouve,
as seis escuras cordas
da luz?


(Trad. A.M.)

.

23.1.23

Abelardo Linares (Como falar de mim mesmo)




CÓMO HABLAR DE MÍ MISMO?

 

¿Cómo hablar de mí mismo, cómo presentar
mi verdad sin que algo me traicione?
¿Cómo atender la voz que en mi interior me habla
cuando la vida afuera ensordece mi oído?
¿Cómo huir de las grandes palabras
sin que me huya todo lo grande que hay en ellas?
¿Cómo renunciar a lo que brilla en la belleza
si quisiera escribir con todos mis sentidos
y el halago del verbo no es distinto al del cuerpo?
¿Cómo buscar en mí lo que permanece
si el olvido es la llave de mi jardín perdido?
¿Cómo evitar que el verso condescienda al asombro
sin que así desfallezca su misteriosa llama?
¿Cómo lograr que todo lo que en mí tiembla ahora,
tiemble en ti que me lees y al fin nazca el poema?

Abelardo Linares

 

 

Como falar de mim mesmo, como mostrar
a verdade sem algo me atraiçoar?
Como atender a voz que me fala cá dentro
quando a vida fora me ensurdece os ouvidos?
Como fugir das grandes palavras
sem que me fuja o que de grande há nelas?
Como renunciar ao que brilha na beleza,
querendo eu escrever com os sentidos,
se o mimo do verbo não é diferente do do corpo?
Como buscar em mim o que permanece,
sendo o olvido a chave de meu jardim perdido?
Como evitar que o verso ceda ao assombro
sem desfalecer sua chama misteriosa?
Como lograr que tudo que em mim treme agora
trema em ti que me lês, nascendo enfim o poema?


(Trad. A.M.)

.

21.1.23

Alexandre O'Neill (Primeira advertência)




PRIMEIRA ADVERTÊNCIA SÉRIA 

 

Coaxa o tempo. Zurra quando calha.
Pipila, o coitadinho. À beira charco,
plofa. 

Não te iludas. 

Testaruda, a besta arrancará
do meandro de túneis
– para bramir, à luz sem uma prega,
o tempo. 

Está atento.
 

Alexandre  O’Neill

 .

19.1.23

Vicente Muñoz Álvarez (Poesia)




POESÍA

 

El único refugio
la única salida

el único lugar
donde acudir

cuando en tu interior
todo está ardiendo.


Vicente Muñoz Álvarez

 

 

O único refúgio
a única saída

O único lugar
a que acudir

Quando dentro de ti
está tudo a arder.


(Trad. A.M.)

.

>>  Mi vida en la penumbra (seu blogue) /   Repoelas (5p) / Poetas siglo XXI (8p) / Librerantes (entrevista) / Wikipedia


18.1.23

Vicente Luis Mora (Diário de um amor)




DIARIO DE UN AMOR HECHO PEDAZOS

  

Uno de enero:
el amor es no tener 
que decir te quiero

*

Su risa hace
de este salón abierto
cámara de gas

*

Me asfixio inspiro
por el auricular 
si marco el número

*

Abre los ojos
no está diciendo nada
y se le entiende todo

*

Tres de febrero:
me dice que no la mire
aún la estoy viendo

*

Digo futuro
y describo viajes
prorrumpe en silencio

*

Siendo tan chica
cómo pudo inventarse
daño tan grande

*

Gracias al móvil consigo
llevar su silencio
conmigo

*

Más que el te quiero 
que no dije me matan
los que me dijo

*

Junio: mar espejo
olas arrugan la frente
quiero que llegue el invierno

*

Se cumplió mi sueño
perdí
mi sueño

*

Vida: migajas
con una digestión
desesperante


Vicente Luis Mora

 

 

Um de Janeiro:
o amor é não ter
que dizer amo-te

*

O seu riso
faz desta sala aberta
uma câmara de gás

*

Asfixio, inspirando
pelo auricular 
ao marcar o número

*

Abre os olhos,
sem dizer nada,
mas entende-se tudo

*

Três de Fevereiro,
diz-me que não olhe para ela
e ainda estou a vê-la

*

Digo futuro
e descrevo viagens
rompe em silêncio 

*

Sendo tão pequena
como é que pode fazer
um mal tão grande

*

Com o telemóvel consigo
suportar o seu silêncio 
para comigo

*

Mais do que o amo-te
que eu não disse, matam-me
 os que ela me disse a mim

*

Junho, mar de espelho
as ondas enrugam a testa
quero que venha o Inverno

*

Meu sonho cumpriu-se
perdi
meu sonho

*

Vida, migalhas
com uma digestão 
exasperante.


(Trad. A.M.)

 .

16.1.23

Vasco Graça Moura (Ah, as palavras)




AH, AS PALAVRAS!                       

 

fiz uma longa aprendizagem,
muitas rasuras e rascunhos,
muitos registos de passagem,
muitos borrões e gatafunhos
são outros tantos testemunhos
do meu mester, das minhas lavras,
uso a cabeça e às vezes punhos
de renda ou não. ah, as palavras!


Vasco Graça Moura

[Ciberduvidas]

.

14.1.23

Valeria Pariso (E se nos déssemos conta)




y si nos diésemos cuenta
que todo lo que llamamos amor es otra cosa,
que lo vivido hasta aquí no es más que un cuerpo
compartiendo con nosotros la ignorancia y la sed.
 

Valeria Pariso

[Tanto te queria]

 

 

e se nos déssemos conta
que tudo o que chamamos amor é outra coisa
que o vivido até aqui não é mais do que um corpo
partilhando connosco a ignorância e a sede.
 

(Trad. A.M.)

.

13.1.23

Santiago Aguaded Landero (Gastrosofia para salvar o mundo)




 GASTROSOFÍA PARA SALVAR/TERMINAR EL MUNDO

 

MI MADRE vivió en la cárcel de su cuerpo.
Ella me dijo: “el mundo comienza en la cocina”.
No importa lo que comamos “cerdo o flores,
siempre estamos completando un círculo un vínculo”.
Paracelso dijo: “lo que comes eres”.
En el carbón de la cocina está la lluvia del pasado.
En la mesa está la carne de antiguas mordeduras
y nuestros huesos asumen la reumática pesadumbre del alma.
En la mesa está el pan desnudo
de aquella luz sorbiendo el frío de la noche inflamada.
En la mesa está el mar exhausto de sardinas y sirenas.
En la mesa está el negro aceite de la tierra.
En la hamburguesa del macdonald
está el fragor de la selva sin apenas ranuras para el sueño.
En la mesa está la oscura gravedad de la luna, la sangre
que cierne sus símbolos sobre la sombra de tus ojos,
En la mesa está el estrepito rutilante de la luna llena de lamentos;
el intangible enigma de tanta realidad (in)soportable.
En la mesa están los calostros del sol nutriendo tus irisados labios.
En la cocina está el frío acondicionado que calienta el planeta.
En la mesa de mármol está la excelsa roca
abierta como un grito en gótica penumbra.
En la mesa está el rumor omiso de la muerte animal.
En la mesa está el jinete hambriento de corazones y sediento de sangre.
Acaso el mundo no acabe en la mesa de la cocina,
pero sí acaba en la memoria oculta del paisaje perdido.
El mundo terminará con agua o con fuego,
con la misma materia del origen, compacto herraje
para párvulas bocas hambrientas de sustancia.
El mundo terminará lleno de lágrimas
cuando el último hombre dé el último mordisco
a su mujer muerta.


Santiago Aguaded Landero

 

 

Minha mãe viveu na prisão de seu corpo.
Dizia-me: “o mundo começa na cozinha”.
Não importa o que se come, “porco ou flores,
estamos sempre a completar um círculo, um vínculo”.
E Paracelso disse: “tu és aquilo que comes”.
No carvão da cozinha está a chuva do passado.
Na mesa está a carne de antigas mordidas
e os nossos ossos assumem o pesar reumático da alma.
Na mesa está o pão desnudo
da luz sorvendo o frio da noite inflamada.
Na mesa está o mar exausto de sardinhas e sereias.
Na mesa está o óleo negro da terra,
no hamburger do macdonald
está o fragor da selva quase sem frestas para o sonho.
Na mesa está a gravidade da lua, o sangue
que prende os símbolos na sombra de teus olhos.
Na mesa está o estrépito rutilante da lua cheia de lamentos;
o enigma intangível de tanta realidade (in)suportável.
Na mesa estão os colostros do sol nutrindo teus lábios irisados.
Na cozinha o frio condicionado que aquece o planeta.
Na mesa de mármore a excelsa rocha aberta como um grito na penumbra gótica.
Na mesa o rumor omisso da morte animal.
Na mesa o ginete faminto de corações, sedento de sangue.
Talvez o mundo não finde na mesa da cozinha,
mas sim na memória oculta da paisagem perdida.
O mundo acabará com água ou fogo,
com a mesma matéria do princípio, compacta ferragem
para bocas famintas de sustância.
O mundo acabará em lágrimas
quando o último homem der a última trinca
na sua mulher morta.


(Trad. A.M.)

.

11.1.23

Mário Cesariny (Raio de luz)




RAIO DE LUZ

 

Burgueses somos nós todos
    ou ainda menos.
Burgueses somos nós todos
    desde pequenos. 

Burgueses somos nós todos
       ó literatos.
Burgueses somos nós todos
      ratos e gatos.

Burgueses somos nós todos
    por nossas mãos.
Burgueses somos nós todos
    que horror irmãos.

Burgueses somos nós todos
    ou ainda menos.
Burgueses somos nós todos
     desde pequenos.
 

 Mário Cesariny

 .

9.1.23

Roger Wolfe (Verdades matemáticas)




VERDADES MATEMÁTICAS

 

Tú y yo, está visto,
somos líneas paralelas.

A mí de pequeño me dijeron
que dos líneas paralelas
se hacen secantes
-es decir: se cruzan-
en el infinito.

Vamos a tener
que armarnos de paciencia.

 

Roger Wolfe

 

 

Tu e eu, está visto,
somos linhas paralelas.

A mim, em pequeno, ensinaram-me
que duas linhas paralelas
se tornam secantes
- quer dizer, cruzam-se –
no infinito.

Vamos ter de
munir-nos de paciência.


(Trad. A.M.)

.

8.1.23

Rocío Wittib (Nada tem a ver)




el frío nada tiene que ver con el invierno
el invierno es una luz apagándose
pero el frío no se acaba nunca
arde igual que un recuerdo
arde al volver a la piel


 
Rocío Wittib

  

nada tem a ver com o inverno o frio
o inverno é uma luz a apagar-se
mas o frio não acaba nunca
arde assim como uma lembrança
arde ao tornar à pele
 

(Trad. A.M.)

 .

6.1.23

Cassiano Ricardo (As andorinhas de António Nobre)




AS ANDORINHAS DE ANTÔNIO NOBRE 

 

—Nos
—fios
—ten
sos 

—da
—pauta
—de me-
tal 

—as
— an/
do/
ri/
nhas
—gri-
tam 

—por
—fal/
ta/
—de u-
ma
—cl'a-
ve
—de
—sol
 

Cassiano Ricardo

 .

4.1.23

Roberto Juarroz (Talvez a vida)




(6)

 

Tal vez la vida sea una copia
de un proceso que se cumple en otra parte.

Tal vez vivamos solo en un espejo
o en la tibia granulación de una pantalla.

Tal vez haya otras copias.

Tal vez la vida sea tan sólo
la copia de una copia.

Roberto Juarroz

 

 

Talvez a vida seja uma cópia
de um processo que se cumpre em outro lugar.

Talvez se viva só num espelho
ou no grão indiferente duma pantalha.

Talvez haja outras cópias.

Talvez a vida seja apenas
a cópia de uma cópia.


(Trad. A.M.)

.

3.1.23

José Antonio Martínez Muñoz (Beatus ille)




(BEATUS ILLE)

 

bien-
aventurado

que conservas el
habla

bien-
aventurado

que oyes que-
brarse el
vidrio
de las almas

donde ardió
la hoguera de la tribu
en la ceniza fría
en la oquedad
húmeda del mundo
se oficia la nada

José Antonio Martínez Muñoz

 

 

bem-
aventurado
tu

que conservas a
fala

bem-
aventurado
tu

que ouves a que-
brar-se o
vidro
das almas

onde ardeu
a fogueira da tribu
na cinza fria
na ocuidade
húmida do mundo
o nada se oficia


(Trad. A.M.)

 

>>  Puentes de papel (recensão- J.L.Morante) / Un camino en el aire (outra- S.Mondéjar)

.

 


1.1.23

A.M.Pires Cabral (Malta revisitada)




MALTA REVISITADA

 

Eu podia falar de muitas terras. Escolho Malta.
A ela torno meus passos afluentes.
Percorro a quelha única, observo
um homem lavrando em falso na encosta defronte. 

Converso com um velho. Agita no ar uma mão seca
 – 
um trôpego utensílio –
e explica resignado por que Malta é pequena,
as casas negras e o chão de lama. 

Examino o adro tosco, o túmulo da lenda.
Imagino cobra e homem coabitando
– 
em tempos muito antigos, quando Malta
nunca se envergonhava da sua pequenez. 

Entro à capela, passo-lhe em revista
os temidos carcomidos santos,
as gratas tábuas de milagres, os livros
do culto, com cheiro a rato e a sacristia; 

Maravilho-me da arte elementar
que pintou tais anjos, tais demónios,
e dos excessivos azulejos
que de importuna cor vibram no ar fechado. 

Visto a escola, com prévio arrepio.  Tenho que subir
a um pardieiro nu e perfurado.
No quadro em férias, uns restos de deveres.
Sobre a mesa da mestra, um cachecol. 

Das crianças, sinais certos, comoventes:
uma folha rasgada, uma lousa, um nome na carteira...
Ali detêm seus lugares seis crianças:
seis bichos sonhadores seu tempo hipotecado. 

Malta! Que força gregária em ti existe,
para com laço tenacíssimo prenderes
duas dúzias de longínquos corações?
Que força, que prisão é essa que 

também a mim sitia e desatina?
Revisito Malta e é como visitar
um tão casto lugar como uma furna,
impassível de presente e de futuro, 

um lugar bom para morrer em combate,
um lugar mau para estar de olhos abertos,
oh! nunca um neutro lugar para conhecer
 – 
um trágico lugar. 

Abandono Malta refeito até à mágoa,
deixo-a intacta e preta em seu lugar,
comovo-me ao volante de um TS.
(Que juros cobrou Malta da minha comoção?)
 

A. M. Pires Cabral

 .

31.12.22

INDICE DE AUTORES (2005-22)

 


INDICE DE AUTORES 
(2005-22)           

 

A., Ruben
ABAD, Begoña
ABASS, Umar
ACEBAL DOVAL, Rocío
ACQUARONI, Rosana
AGUADED LANDERO, Santiago
AGUADO, Jesús
AGUIAR, Cristóvão
AGUIAR, Jorge
AGUIRRE, Francisca
AGUIRRE, María Belén
AGUIRRE, Raúl Gustavo
AGUSTINI, Delmira
ALBA, Sebastião
ALBERT, Irene
ALBERTI, Rafael
ALBORNOZ, Pablo
ALCARAZ, José
ALCUBILLA, Pedro César
ALEGRE, Manuel
ALEGRIA, Claribel
ALEIXANDRE, Vicente
ALEXANDRE, António Franco
ALIAGA, Cristian
ALIAGA IBAÑEZ, Rosa
ALIEBURI, Ibne Ayyas
ALISBUNI, Ibne Mucana
ALMEIDA, Fialho
ALMEIDA, José António
ALMUTÂMIDE, Mohâmede
ALMUZARA, Javier
ALONSO, Dámaso
ÁLVAREZ, Montserrat
ALVIM, Francisco
AMAR, Ibne
AMARAL, Ana Luísa
AMARO, Luís
AMPUERO, Jorge
ANDRADE, Carlos Drummond
ANDRADE, Eugénio
ANDRADE, Jotaele
ANDRADE, Mário
ANDRESEN, Sophia de Mello Breyner
ANDREU, Pedro
ANDRUETTO, María Teresa
ANSELME, Jean l‘
ANTUNES, António Lobo
ARAUJO, Mercedes
ARIDJIS, Homero
ASSIS, Machado
ASUNCIÓN ALONSO, Martha
ATWOOD, Margaret
AUB, Max 

BANDEIRA, Manuel
BAPTISTA, Amadeu
BAPTISTA, José Agostinho
BARAHONA, António
BARNET, Miguel
BARRAL, Juanjo
BARRERO, Hilario
BARRON, Néstor
BARROS, José Carlos
BARROS, Manoel
BARRUECO, José Ángel
BATANIA
BAUDELAIRE, Charles
BAUTISTA, Amalia
BEADES, Jesús
BEAUVOIR, Simone
BECHARA, Eduardo
BEJARANO, Julián
BELLI, Gioconda
BELO, Ruy
BELTRAN, Fernando
BENEDETTI, Mario
BENET, Susana
BENÍTEZ REYES, Felipe
BENITO DE LUCAS, Joaquín
BENTO, José
BERGAMÍN, José
BERTO, Al
BERTONI, Claudio
BESSA-LUÍS, Agustina
BIGURI, Íker
BLANDIANA, Ana
BOCAGE
BOCCANERA, Jorge
BOLAÑO, Roberto
BONET, Juan Manuel
BONIFAZ NUÑO, Rubén
BONILLA, Gsús
BONILLA, Juan
BONNETT, Piedad
BONO, Isabel
BORGES, Jorge Luis
BOSCH, Gloria
BOTAS, Victor
BOTELHO, Renata Correia
BOTTO, António
BRAGA, Jorge de Sousa
BRANCO, Camilo Castelo
BRANCO, Rosa Alice
BRANDÃO, Fiama Hasse Pais
BRANDÃO, Raul
BRASIL, Geraldino
BRECHT, Bertolt
BREZMES, Alfonso
BRINES, Francisco
BRITO, Casimiro
BRITTO, Paulo Henriques
BROSSA, Joan
BUENDÍA, Rogelio
BUKOWSKI, Charles
BUXÁN, Alfredo 

CABRAL, A.M.Pires
CABRAL, António
CABRAL, Rui Pires
CABRERA, Antonio
CADENAS, Rafael
CADILHE, Gonçalo
CALDERÓN, Teresa
CAMARNEIRO, Nuno
CAMÕES, Luís
CAMPOS PÁMPANO, Ángel
CANTONI, César
CARDOSO, Tanussi
CARNEIRO, Mário Sá
CARRIEGO, Evaristo
CARSON, Anne
CARVALHEIRA, Jorge
CARVALHO, Ana Margarida
CARVALHO, Armando Silva
CARVALHO, José Rentes
CARVALHO, Mário
CARVALHO, Raul
CARVER, Raymond
CASANOVA, Cecilia
CASARES, Pablo
CASARIEGO, Pedro
CASAS, Fabián
CASIELLES, Laura
CASTAÑO, Yolanda
CASTELLANOS, Rosario
CASTILHO, Paulo
CASTILLA, Leopoldo
CASTILLA, Manuel J.
CASTILLO, Horacio
CASTRO, Rosalía
CATTANEO, Susana
CAVALLI, Patrizia
CELAYA, Gabriel
CENTENO, Yvette
CEREIJO, José
CERNUDA, Luis
CESARINY, Mário
CÉSPEDES, Alejandro
CHACÓN, Dulce
CHAR, René
CHIRINOS, Eduardo
CHIVITE, Fernando Luis
CICERO, Antonio
CILLERUELO, José Ángel
CINATTI, Ruy
COCHOFEL, João José
CODAGNONE, Flor
COHEN, Leonard
COLASANTI, Marina
COLINAS, Antonio
CONTARDI, Marilyn
CORREDOR-MATHEOS, José
CORREIA, João Araújo
CORREIA, Natália
CORTÁZAR, Julio
COSTAFREDA, Alfonso
COTTA, Daniel
CRAWFORD, Robert
CRESPO, Ángel
CRESPO, Mariano
CRUZ, Sor Juana Inês
CUBERO, Efi
CUENCA, Luis Alberto
CUMBREÑO, José María
CUETO, Adolfo

DALTER, Eduardo
DALTON, Roque
DARÍO, Rúben
DAS, Javier
DECÉSARE, María Laura
DELMAR, Meira
DELTORO, Antonio
DEMPSTER, Nuno
DEUS, João
DIAS, Gonçalves
DIAS, Inês
DÍAS, Marcelo Daniel
DIAS, Saul
DÍAZ-GRANADOS, Federico
DIEGO, Eliseo
DIONÍSIO, Mário
DOCE, Jordi
DOSHI, Tishani
DURRELL, Lawrence 

EDSON, Russel
EDWARDS, Rodolfo
EGEA, Javier
EIRAS, Pedro
ELOY BLANCO, Andrés
ELUARD, Paul
ENSENYAT, Paula
ERRASTI, Eduardo
ESPANCA, Florbela
ESPEJO, José Daniel
ESPINA, Jorge 

FAFE, José Fernandes
FARIA, Daniel
FELIPE, León
FÉLIX, Emanuel
FERIA, Luis
FERNÁNDEZ LERA, Antonio
FERNÁNDEZ MORENO, Baldomero
FERNÁNDEZ MORENO, César
FERNÁNDEZ SÁNCHEZ, José Antonio
FERRAZ, Eucanaã
FERREIRA, David Mourão
FERREIRA, Isabel Mendes
FERREIRA, José Gomes
FERREIRO, Celso Emilio
FERRUZ, Raúl
FIGUEIREDO, Tomaz
FIGUEROA, Estela
FILIPE, Daniel
FINOCHIETTO, Mariana
FONOLLOSA, José María
FONSECA, Manuel
FONTE, Ramiro
FORTE, António José
FRAGUI, Gonzalo
FRAIRE, Isabel
FREITAS, Manuel
FUERTES, Gloria 

GALA, Antonio
GALARZA, Javier
GALEANO, Eduardo
GALIMI, Gisela
GALLEGO, Vicente
GALLEGO RIPOLL, Federico
GAMA, Sebastião
GAMONEDA, Antonio
GAOS, Vicente
GARCÍA CALVO, Agustín
GARCÍA CASADO, Pablo
GARCÍA LORCA, Federico
GARCÍA-MÁIQUEZ, Enrique
GARCÍA MARTÍN, José Luis
GARCÍA MONTERO, Luis
GARCÍA ZAMBRANO, María
GARRETT, Almeida
GAYA, Miguel
GELMAN, Juan
GIANNUZI, Joaquín
GIDE, André
GIL DE BIEDMA, Jaime
GIOIA, Dana
GIOVANNI, Luciano
GIRONDO, Oliverio
GLÜCK, Louise
GOMES, Paulo Varela
GÓMEZ ESPADA, Ángel Manuel
GÓMEZ JATTÍN, Raúl
GONÇALVES, Egito
GONZÁLEZ, Adolfo
GONZÁLEZ, Ángel
GONZÁLEZ, David
GONZÁLEZ, Jonio
GONZÁLEZ, Ulalume
GONZÁLEZ ANSORENA, Luis
GONZÁLEZ IGLESIAS, Juan Antonio
GONZÁLEZ MORENO, Pedro A.
GONZÁLEZ TUÑÓN, Raúl
GOROSTIZA, José
GOYTISOLO, José Agustín
GRANDE, Félix
GREGÓRIO, António
GRUSS, Irene
GUEDEA, Rogelio
GUILLÉN ACOSTA, Carmelo
GUINDA, Ángel
GULLAR, Ferreira
GUSTAVO AGUIRRE, Raúl
GUTIÉRREZ, Julia
GUTIÉRREZ VEGA, Hugo 

HABITUALMENTE, João
HAHN, Óscar
HATHERLY, Ana
HELDER, Herberto
HERCULANO, Alexandre
HERNÁNDEZ, Francisco
HERNÁNDEZ, Miguel
HERNÁNDEZ, Paz
HERRERO, Fermín
HIDALGO, José Luis
HIERRO, José
HILST, Hilda
HORTA, Maria Teresa
HUERTA, Efraín
HUIDOBRO, Vicente
 

IGLESIAS, Jacob
IGLESIAS DÍEZ, Carlos
INÁCIO, Ana Paula
INFANTE, José
IRIBARREN, Karmelo C.
IRIGOYEN, Ramón 

JANÉS, Clara
JARAMILLO AGUDELO, Darío
JEANSON, Henri
JIMÉNEZ LOZANO, José
JONAS, Daniel
JORGE, João Miguel Fernandes
JORGE, Luiza Neto
JUARISTI, Jon
JUARROZ, Roberto
JÚDICE, Nuno
JUNQUEIRO, Guerra 

KAVAFIS, Konstandinos
KNOPFLI, Rui 

LABORDETA, José Antonio
LACERDA, Alberto
LAINE, Jarkko
LANSEROS, Raquel
LARA, Alda
LASHERAS, Javier
LEIRIA, Mário-Henrique
LEITÃO, Luís Veiga
LEMINSKI, Paulo
LEVI, Jan Heller
LIMA, Ângelo
LINAJE, Iñigo
LINARES, Abelardo
LISPECTOR, Clarice
LIZALDE, Eduardo
LIZANO, Jesús
LLANOS, Eduardo
LOBO, Francisco Rodrigues
LOPES, Adília
LOPES, Fernão
LÓPEZ CORTÉS, Pura
LÓPEZ PACHECO, Jesús
LÓPEZ-VEJA, Martín
LÓPEZ VILAR, Marta
LUCA, Erri
LUHRMANN, Baz
LUQUE, Aurora
 

MACEDO, Helder
MACHADO, Antonio
MACHADO, Carlos Alberto
MACIEL, Maria Esther
MADARIAGA. Francisco
MÃE, Valter Hugo
MAILLARD, Chantal
MANCELOS, João
MANGAS, Francisco Duarte
MARCH, Susana
MARGARIT, Joan
MARQUES, Ana Martins
MÁRQUEZ, Joaquín
MARTÍ I POL, Miquel
MARTÍNEZ FERRER, América
MARTÍNEZ SARRIÓN, Antonio
MARTINS, Albano
MARTINS, Miguel
MARZAL, Carlos
MATEOS, José
MATTEI, Olga Elena
MATTOS, António Almeida
MAVER, Tom
MAYOR, David
MEDINA, Dante
MEIRELES, Cecília
MENDES, Luís Filipe Castro
MENDES, Murilo
MENDONÇA, José Tolentino
MERINI, Alda
MERINO, Ana
MESA, Sara
MESTRE, Juan Carlos
MEXIA, Pedro
MEZQUITA, Nuria
MIGUÉIS, José Rodrigues
MÍGUEZ, Mario
MILÁN, Eduardo
MIRANDA, Francisco Sá
MITRE, Eduardo
MOLINERO, Jorge M.
MONETTE, Hélène
MONTALBETTI, Mario
MONTALE, Eugenio
MONTEIRO, Adolfo Casais
MONTEJO, Eugenio
MONTOJO MICÓ, Ana
MORA, Ángeles
MORA, Vicente Luis
MORÁBITO, Fabio
MORAES, Vinicius
MORAL, Paco
MORALES, Angélica
MORANTE, José Luis
MORIN, E.
MOTA, Domingos
MOURA, Dinis
MOURA, Gabriela
MOURA, Vasco Graça
MOYA, Manuel
MUJICA, Hugo
MUÑOZ, Cysko
MUÑOZ, Rosabetty
MUÑOZ LAGOS, Marino
MUÑOZ ROJAS, José Antonio
MUTIS, Álvaro 

NAMORA, Fernando
NAMORADO, Joaquim
NASSAR, Raduan
NAVA, Luís Miguel
NEGREIROS, Almada
NEJAR, Carlos
NEMÉSIO, Vitorino
NERUDA, Pablo
NESSI, Alberto
NETO, João Cabral de Melo
NEUMAN, Andrés
NIETO DE LA TORRE, Raúl
NIETZSCHE, Friedrich
NIEVA, Silvia
NOBRE, António
NOGUERA, Laia
NOVELLI, Aldo Luis
NÚÑEZ, Aníbal 

OCAMPO, Silvina
OLIVEIRA, Carlos
OLIVEIRA, Carlos Mota
OLIVEIRA, José Alberto
OLIVEIRA, Mário Rui
OLIVER, Mary
O’NEILL, Alexandre
ORIHUELA, Antonio
OROZCO, Olga
ORS, Miguel d’
ORTIZ, Fernando
ORTIZ, Juan L.
ORY, Carlos Edmundo
OSÓRIO, António
OTERO, Blas 

PACHECO, Fernando Assis
PACHECO, José Emilio
PADURA, Leonardo
PAES, José Paulo
PALAU, Josep
PANERO, Juan Luis
PANERO, Leopoldo
PANERO, Leopoldo María
PARISO, Valeria
PARRA, Josefa
PARRA, Nicanor
PARRADO, Luís Filipe
PARREÑO, José María
PAVESE, Cesare
PAVIA, Cristovam
PAZ, Octavio
PEDREIRA, Maria do Rosário
PEDRONI, José
PEIXOTO, José Luís
PEÑALOSA, Joaquín Antonio
PENNA, Sandro
PEREIRA, Antonio
PEREIRA, Helder Moura
PÉREZ CABAÑA, Rosario
PÉREZ CAÑAMARES, Ana
PÉREZ MONTALBÁN, Isabel
PÉREZ MORTE, Antonio
PÉREZ-SAUQUILLO, Vanesa
PÉREZ VALLEJO, Ernesto
PERI ROSSI, Cristina
PEROSIO, Graciela
PESSANHA, Camilo
PESSOA, Fernando
PESSOA, Fernando (A.Caeiro)
PESSOA, Fernando (A.Campos)
PESSOA, Fernando (R.Reis)
PETISME, Ángel
PICÓN, Francisco J.
PIMENTA, Alberto
PINA, Manuel António
PIÑÁN, Berta
PIQUERAS, Juan Vicente
PIQUERO, José Luis
PIRES, Graça
PIRES, José Cardoso
PITTA, Eduardo
PIZARNIK, Alejandra
PLATH, Sylvia
PONCE, Laura
PORCHIA, Antonio
POZZI, Antonia
PRADO, Adélia
PRADO, Benjamín
PRÉVERT, Jacques 

QUART, Pere
QUASIMODO, Salvatore
QUEIROZ, Eça
QUINTAIS, Luís
QUINTANA, Mario 

RAMÍREZ LOZANO, José A.
RAMONES, Rita
RAMOS, Manuel Silva
RAMOS, Pepe
RAMOS SIGNES, Rogelio
RANGEL, Violeta C.
RASCÓN, Patricio
RAUSKIN, Jacobo
RÉGIO, José
REIS, António
RESENDE, Manuel
REYES, Belén
REYES, Miriam
RIBEIRO, Aquilino
RIBEIRO, Bernardim
RICARDO, Cassiano
RICO, Manuel
RIECHMANN, Jorge
RITSOS, Yannis
RIVERO TARAVILLO, Antonio
ROCA, Juan Manuel
RODRIGUES, Armindo
RODRÍGUEZ, Claudio
RODRÍGUEZ, Josep M.
RODRÍGUEZ, Lucas
ROJAS, Gonzalo
ROJAS HERAZO, Héctor
ROKHA, Pablo
ROMERO, Kutxi
ROSA, António Ramos
ROSA, João Guimarães
ROSALES, Luis
ROSENBERG, Mirta
ROSSETTI, Ana
ROTOMA, Ape
RUSHIN, Kate 

SABA, Umberto
SÁBATO, Ernesto
SABINES, Jaime
SAER, Juan José
SAFO
SAHAGÚN, Carlos
SALEM, Carlos
SALINAS, Pedro
SALOMÉ, Ana
SALVAGO, Javier
SAMPAIO, Jaime Salazar
SÁNCHEZ, Raúl
SÁNCHEZ CARRÓN, Irene
SÁNCHEZ ROSILLO, Eloy
SANT’ANNA, Affonso Romano
SANTOS, José Carlos Ary
SANZ, María
SARA, Ibne
SARACENI, Gina
SEDEVICH, Carina
SEIXAS, Artur Cruzeiro
SELMA, Leda
SENA, Jorge
SERPA, Alberto
SEXTON, Anne
SEVILLA, Pedro
SICILIA, Javier
SILES, Jaime
SILVA, Elder
SILVA, José Mário
SILVA, José Miguel
SILVA-TERRA, Manuel
SILVEIRA, Pedro
SILVESTRIN, Ricardo
SIMÓN, César
SIMONOV, Konstantin
SINMÁS, Juana
SISCAR, Marcos
SOTO, Elena
SOUSA, Gil T.
STABILE, Uberto
STRAND, Mark
SZPUNBERG, Alberto 

TAGORE, Rabindranath
TALENS, Jenaro
TAMEN, Pedro
TAVARES, Gonçalo M.
TEILLIER, Jorge
THEOBALDY, Jürgen
TORGA, Miguel
TORRES, Alexandre Pinheiro
TRAMÓN, Marcos
TRAPIELLO, Andrés 

UÁZIR, Abdalá Ibne
UGIDOS, Silvia
UMBRAL, Francisco
UNGARETTI, Giuseppe
URIBE, Kirmen
URONDO, Francisco 

VALDÉS, Zoé
VALENTE, José Ángel
VALÉRY, Paul
VALLEJO, César
VALLVEY, Ángela
VALVERDE, Álvaro
VALVERDE, Fernando
VALVERDE, José María
VARELA, Blanca
VASCONCELLOS, Eugénia
VAZ, Eva
VEGA, Alberto
VERA MIRANDA, Hugo
VERDE, Cesário
VEYRAT, Miguel
VICENTE, Gil
VILA, Biel
VILA-MATAS, Enrique
VILARIÑO, Idea
VILAS, Manuel
VILLA, José
VILLALBA, Juan Manuel
VILLENA, Luis Antonio
VITALE, Ida
VIVAS SANZ, Roberto 

WANG, Berna
WARREN, Louise
WATANABE, José
WILLIAMS, W. C.
WITTIB, Rocío
WITTNER, Laura
WOLFE, Roger 

YEATS, W.B.
YOURCENAR, Marguerite 
ZAÍD, Gabriel
ZAMBRANO, María
ZAPATA, Sara
ZINK, Rui
ZONTA, José María
ZUÑIGA, José Luis
ZURITA, Raúl

.