AO AMANHECER
As lágrimas
não sabem
o que dizem,
deixam-se cair
em turvos
argumentos,
lembram-se
de coisas.
Quase nos
estragam as bebidas.
Ao fim de
três whiskies,
abres uma
porta
e tudo se
aclara.
As memórias,
os cadernos,
os aprestos
do negrume,
ficaram para
trás.
Agora já
conheces
os fósforos
que tens,
abriga-os da
chuva de dezembro.
Quem sabe
que cigarros
estarão à
tua espera.
José Miguel Silva