AUSÊNCIA
É bom ter sempre a jeito o recurso
de uma palavra para encher o vazio de ti,
para fazer dela a couraça que me proteja
do pesadelo da ânsia e da tristeza.
E então fazes-te-me presente em cada
verso que escrevo e quando, a sós, o repito
não há distância entre teu corpo e o meu,
unidos no poema para sempre.
Miquel Martí i Pol
(Trad. A.M./ sobre versão cast. Joan B. Fort i Olivella)
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