![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXZK1B-x01ICD36TAlPXBYVVhnBjXdESHaBJDA3DJyQ-O3cvGFiSLSmRYUF8FwfhIRmtQRrcqzyumdHfyYZZIla54WLC_wmm8IhvKaBWedTNrC_Y5OQ_U-DOihv_ceIS01Diiw/s320/E.Schutz2.gif)
País -1 (Jorge de Sena)
País -2 (A. O'Neill)
País -3 (Jorge de Sena)
País -4 (A. O'Neill)
País -6 (N. Júdice)
PORTUGAL
Deita-se com a cabeceira
voltada para o norte e os pés a mergulharem
no atlântico. Em cima, a cabeça sonha com
as brumas que invadem os vales, no Outono,
e os olhos iluminam-se quando o amarelo
das flores invade o cume dos montes, no fim
da primavera. Como um cinto, o Tejo prende-
-o a essa cama estreita; e olha
o mar, deixando que as ondas o despertem,
por instantes, do sono antigo. De-
pois, vira-se para o outro lado, como se
não quisesse adormecer de nevoeiros matinais; e
volta a adormecer, enquanto o sol
agoniza no horizonte.
Nuno Júdice
Deita-se com a cabeceira
voltada para o norte e os pés a mergulharem
no atlântico. Em cima, a cabeça sonha com
as brumas que invadem os vales, no Outono,
e os olhos iluminam-se quando o amarelo
das flores invade o cume dos montes, no fim
da primavera. Como um cinto, o Tejo prende-
-o a essa cama estreita; e olha
o mar, deixando que as ondas o despertem,
por instantes, do sono antigo. De-
pois, vira-se para o outro lado, como se
não quisesse adormecer de nevoeiros matinais; e
volta a adormecer, enquanto o sol
agoniza no horizonte.
Nuno Júdice