30.6.07

Casimiro de Brito (Não escolho nada)






NÃO ESCOLHO NADA DEIXO-ME VESTIR





Não escolho nada deixo-me vestir
Pela música discreta que tacteia
Meu corpo em sua breve caminhada.



Não desejo nada consinto apenas
Que a dor me visite e a jovem ceifeira,
Mãe das coisas todas, me seduza.



Não escolho nada nem sequer o vaso
Onde me derramo devagar
Como se fosse água, ou leve lume.



CASIMIRO DE BRITO
Na via do mestre