26.5.06

Mário Quintana (Bilhete)





BILHETE




Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...


Mário Quintana





Biografia

Mario Miranda Quintana nasceu em Alegrete, em 30 de julho de 1906.
Tem na simplicidade um método e isso a faz despreocupado em relação à crítica, faz poesia porque "sente necessidade", segundo suas próprias palavras, e nelas encontramos uma desconcertante capacidade de síntese, elemento poético surpresa com que conquista a memória de seus leitores.
Em 1928 ingressou no jornal O Estado do Rio Grande.
Após ter participado da Revolução de 1930, mudou-se para o Rio de Janeiro, retornando em 1936 para a Livraria do Globo, em Porto Alegre, onde trabalhou sob a direção de Erico Verissimo.
Traduziu Charles Morgan, Rosamond Lehman, Lin Yutang, Proust, Voltaire, Virginia Woolf, Papini, Maupassant.
Em sua poesia há um constante travo de pessimismo e muito de ternura por um mundo que, parece, lhe é adverso.
Morre em 5-Maio-1994.



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