Nas margens de um rio de oiro, crucificado entre o calor do céu que de cima o bebe e a sede do leito que de baixo o seca, erguem-se os muros do milagre.
Em íngremes socalcos, varandins que nenhum palácio aveza, crescem as cepas como os manjericos às janelas.
No Setembro, os homens deixam as eiras da Terra-Fria e descem, em rogas, a escadaria do lagar de xisto.
Cantam, dançam e trabalham.
Depois sobem.
E daí a pouco há sol engarrafado a embebedar os quatro cantos do mundo.
- MIGUEL TORGA, Portugal (Um Reino Maravilhoso. Trás-os-Montes).
Em íngremes socalcos, varandins que nenhum palácio aveza, crescem as cepas como os manjericos às janelas.
No Setembro, os homens deixam as eiras da Terra-Fria e descem, em rogas, a escadaria do lagar de xisto.
Cantam, dançam e trabalham.
Depois sobem.
E daí a pouco há sol engarrafado a embebedar os quatro cantos do mundo.
- MIGUEL TORGA, Portugal (Um Reino Maravilhoso. Trás-os-Montes).
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