25.9.06
Jaime Sabines (Eu não sei bem)
YO NO LO SÉ DE CIERTO
Yo no lo sé de cierto, pero supongo
que una mujer y un hombre
algún día se quieren,
se van quedando solos poco a poco,
algo en su corazón les dice que están solos,
solos sobre la tierra se penetran,
se van matando el uno al otro.
Todo se hace en silencio. Como
se hace la luz dentro del ojo.
El amor une cuerpos.
En silencio se van llenando el uno al otro.
Cualquier día despiertan, sobre brazos;
piensan entonces que lo saben todo.
Se ven desnudos y lo saben todo.
(Yo no lo sé de cierto. Lo supongo)
Jaime Sabines
Eu não sei bem, mas suponho
que um homem e uma mulher
algum dia se amam,
e vão ficando sós pouco a pouco,
algo no seu coração lhes diz que estão sós,
sós sobre a terra se penetram
e se vão matando um ao outro.
Tudo se faz em silêncio. Como
se faz a luz dentro do olho.
O amor une corpos.
Em silêncio vão-se enchendo um ao outro.
Um dia despertam, sobre braços, e
pensam então que sabem tudo.
Vêem-se nus e sabem tudo.
(Eu não sei bem. Suponho)
(Trad. A. M.)