13.12.07

Olhar (13)







Praia da Vitória

- A caminho de Biscoitos

(Terceira)

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INDICE DE AUTORES (2005-7)







ACQUARONI, Rosana
AGUIAR, Cristóvão
AGUIAR, Jorge
AGUSTINI, Delmira
ALBERTY, Rafael
ALEGRIA, Claribel
ALEXANDRE, António Franco
ALMEIDA, José António
ALONSO, Dámaso
ANDRADE, Carlos Drummond
ANDRADE, Eugénio
ANDRADE, Mário
ANDRESEN, Sophia de Mello Breyner
ASSIS, Machado
BANDEIRA, Manuel
BAPTISTA, José Agostinho
BARROS, Manoel
BAUTISTA, Amalia
BELO, Ruy
BENEDETTI, Mário
BERGAMÍN, José
BERTO, Al
BORGES, Jorge Luís
BOTTO, António
BRECHT, Bertolt
BRITO, Casimiro
CADILHE, Gonçalo
CAMÕES, Luís
CARNEIRO, Mário Sá
CELAYA, Gabriel
CENTENO, Yvette
CERNUDA, Luís
CESARINY, Mário
CHAR, René
CORTÁZAR, Julio
CRUZ, Sor Juana Inês
CUENCA, Luis Alberto
EDSON, Russel
ELUARD, Paul
FERREIRA, David Mourão
FIGUEIREDO, Tomaz
GALEANO, Eduardo
GULLAR, Ferreira
HÉLDER, Herberto
HERCULANO, Alexandre
HERNÁNDEZ, Miguel
HILST, Hilda
HORTA, Maria Teresa
JÚDICE, Nuno
KAVAFIS, Konstandinos
LEIRIA, Mário-Henrique
LIMA, Ângelo
LISPECTOR, Clarice
LOBO, Francisco Rodrigues
LOPES, Fernão
MARTINS, Albano
MEIRELES, Cecília
MEXIA, Pedro
MONETTE, Hélène
MONTEIRO, Adolfo Casais
MORAES, Vinicius
MORIN, E.
MOURA, Gabriela
NEGREIROS, José Almada
NEMÉSIO, Vitorino
NERUDA, Pablo
NIETZSCHE, Friedrich
OLIVEIRA, Carlos
OLIVEIRA, Mário Rui
O’NEILL, Alexandre
OSÓRIO, António
PACHECO, Fernando Assis
PACHECO, José Emílio
PANERO, Juan Luis
PAZ, Octavio
PEDREIRA, Maria do Rosário
PESSOA, Fernando
PIRES, Graça
PRADO, Adélia
PRÉVERT, Jacques
QUINTANA, Mário
RIBEIRO, Aquilino
RIBEIRO, Bernardim
RITSOS, Yannis
ROSA, António Ramos
SABINES, Jaime
SAFO
SALINAS, Pedro
SENA, Jorge
TAVARES, Gonçalo M.
TORGA, Miguel
VALÉRY, Paul
VERDE, Cesário
VICENTE, Gil
YOURCENAR, Marguerite

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11.12.07

Gabriela Moura (Bebe tu de mim)















BEBE TU DE MIM






Um desejo imenso
que me tomes nos teus braços
e me arrastes para um canto
onde o vermelho da paixão se confunda
com os contornos do meu rosto.
Arrasta-me até onde o sol se põe
e descobre no cume do meu ventre
todas as delícias que
um dia
eu guardei só para ti.


Ah! Apenas um desejo me consome.


Um desejo imenso
que arrastes este corpo abandonado que sou
e estendas nele o teu sorriso
até que ele ávido e doce me toque
e tal como a abelha sorve o néctar da flor
bebe tu de mim
o que em mim resta de um abraço.


Gabriela Moura

[Corte na Aldeia}

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4.12.07

Ruy Belo (Soneto superdesenvolvido)







SONETO SUPERDESENVOLVIDO




É tão suave ter bons sentimentos,
consola tanto a alma de quem os tem,
que as boas acções são inesquecíveis momentos
e é um prazer fazer o bem.


Por isso, quando no Verão se chega a uma esplanada
sabe melhor dar esmola que beber a laranjada,
consola mais viver entre os muito pobres
que conviver com gente a quem não falta nada.


E ao fim de tantos anos a dar do que é seu,
independentemente da maneira como se alcançou,
ainda por cima se tem lugar garantido no céu,
gozo acrescido ao muito que se gozou.


Teria este ... se não tivesse outro sentido,
ser natural de um país subdesenvolvido.



Ruy Belo
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