Não sei se é amor que tens, ou amor que finges,
o que me dás. Dás-mo. Tanto me basta.
Já que o não sou por tempo,
seja eu jovem por erro.
Pouco os deuses nos dão, e o pouco é falso.
Porém, se o dão, falso que seja, a dádiva
é verdadeira. Aceito,
cerro olhos: é bastante.
Que mais quero?
Ricardo Reis
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