Rasga este poema depois de o leres.
E depois espalha os bocados
pelo vasto mundo
ou então na tua rua, vai à aldeia, à
praia,
atira-o ao mar, deita-o ao lixo,
para que venha o vento, o sol, a chuva, os
homens do lixo,
acabar com ele de vez.
Passado um dia,
sai de casa e procura
encontrá-lo de novo.
Manuel Resende