CALMARIA
Verão. Dois velhos
sentados à Praça.
Lembram casos dos tempos das baleias
e vêem quem passa.
Um vapor que lá vai
pela linha do pego, lado a lado.
E uma chuva de sol
no mar parado.
Dir-se-á que nada
acaba ou começa.
Um relógio dá horas.
Devagar. Molemente. Não tem pressa.
Pedro da Silveira
[
Pico da vigia]