25.2.16

João José Cochofel (Uma rosa no tempo)






(XXIX)


Uma rosa no tempo
começa a tingir
de tanto a desejar.
Uma rosa vermelha
no tempo cinzento
que é cansaço de esperar.

Saudade do que há-de vir,
fogo-fátuo ainda
que por dentro estremece.
Uma rosa vermelha,
tão só ela apenas,
alumia e aquece.


João José Cochofel

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