17.11.14

Alberto Szpunberg (Qualquer palavra)





(III)

Cualquier palabra guarda silencio
contra la pared donde se apoya el brazo
que ciñe la desconsolada frente:
el revoque caído descubre un rostro antes oculto,
desencajado ahora, polvoriento,
pero que en la palma de las manos deja huellas
donde aún palpita el ser amado,
como un trabajo, tenaz, como una verdad, irrepetible.

Alberto Szpunberg

[Marcelo Leites]





Qualquer palavra guarda silêncio
contra a parede onde se apoia o braço
que cinge a desconsolada fronte:
o reboco caído descobre um rosto antes oculto,
desencaixado agora, cheio de pó,
mas que deixa marcas na palma das mãos
onde palpita ainda o ser amado,
como um trabalho, tenaz,
uma verdade, irrepetível.

(Trad. A.M.)




>>  Porqué tiemblan (7p) / Antonio Miranda (4p) / Poesia argentina (bio-biblio-linques) / Wikipedia

.