29.12.13

Gonçalo M. Tavares (Mistério)





MISTÉRIO



Nem sempre o Mistério
está fora do alcance da mão, como
o país estrangeiro. Por vezes ele viaja para cá,
encosta-se às decisões materiais de
um dia vulgar;
e surge, súbita e absurdamente,
no meio de uma acção do quotidiano.
Descuidados, nessa altura, chamamos ao mistério erro,
e rapidamente o eliminamos.


Gonçalo M. Tavares


[O poema que hoje partilharia]

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