20.9.10

Angel González (O Outono aproxima-se)






EL OTOÑO SE ACERCA




El otoño se acerca com muy poco ruido:
apagadas cigarras, unos grillos apenas,
defienden el reducto
de un verano obstinado em perpetuarse,
cuya suntuosa cola aún brilla hacia el oeste.
Se diría que aquí no pasa nada,
pero un silencio súbito ilumina el prodigio:
ha passado
un ángel
que se llamaba luz, o fuego, o vida.
Y lo perdimos para siempre.



Angel González





O Outono aproxima-se quase sem ruído:
apagadas cigarras, alguns grilos,
defendem o reduto
de um verão obstinado em perpetuar-se
cuja sumptuosa cauda ainda brilha lá para oeste.
Dir-se-ia que aqui não se passa nada,
mas um silêncio súbito ilumina o prodígio:
Passou
um anjo
que se chamava luz, ou fogo, ou vida.
E perdemo-lo para sempre.



(Trad. M.C.R.)

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