15.9.09

Jan Heller Levi (Nada mau, papá)









NADA MAU, PAPÁ, NADA MAU





Penso que és mais tu próprio quando nadas;
cortas a água a cada braçada,
a maneira curiosa como respiras, a tua boca aberta
como se estivesses a bocejar.


Não és nem fantástico nem um desastre
no percurso daqui para ali.
Não ganharás medalhas, papá,
mas também não irás ao fundo.
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Penso em como tudo poderia ter sido diferente
caso tivesse avaliado o teu amor
como avalio o teu estilo livre, a tua mariposa,o teu estilo de bruços.


Mas eu sempre pensei que me estava a afundar
naquele oceano gelado entre nós,
sempre pensei que te movias demasiado devagar para me salvares
quando afinal o fazias o mais depressa que podias.


Jan Heller Levi


(Trad. L.P.)







Fontes: Poets (nota) / Cortland Review (poema) / Cortland Review (outro) / Wikipedia


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